segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Chove chuva

Vejo-a, lá de cima da minha sala. Sentada. Ela desesperava-se. A chuva tórrida competia com suas lágrimas. Lá de cima, tipo um Deus, vejo que ela está imóvel. O mundo todo corre, por vários motivos. Ela imóvel. O moço resolve voltar. Ensopado, tanto quanto ela. Ela olha pra ele. Joga-se aos seus pés. E eu, lá em cima, feito um Deus. De repente, ela puxa uma faca e corta-lhe um pedaço do peito. Ele cai. Ela desespera-se. Cai aos prantos e a chuva caindo sem parar. Joga a faca no chão e corre. E eu fingindo nem ser Deus, nem ser o Diabo. O corpo jaz na terra, a chuva pára, enfim. Curiosos correm. E ela morrendo por dentro, feito alguém que nunca mais quer parar de amar....

3 comentários:

Carla Arend disse...

podia continuar... tinha que continuar.

Unknown disse...

O amor ou a história???

Carol disse...

A história! E o amor também...