sábado, 22 de setembro de 2007

Romances

Meu último romance não foi o último romance. Meu último amor não será o último. Nem que não tivesse terminado, seria. Vários romances cabem dentro de um só. Vários olhares. Vários abraços e várias canções. Não será o dela também. Ela vai se apaixonar e eu também. Sonharemos igualmente com outros diferentes. Meu último romance mexe comigo até hoje. Aquela droga que não passa, sabe? Aquela abstinência de estar apaixonado, de sentir friozinho na barriga só por pensar que ela estará linda como sempre. E de último romance sempre se torna o penúltimo para ser antepenúltimo e assim vai indo. Os romances são como sonhos bons que podem se tornar pesadelos, ou ser mais sonho ainda. Vejo meus avós, era o último romance, até que ele morresse e fosse outro romance: o de chorar. E depois, se há vida pós-morte, será um romance de novo? Será, porque a vida é cheia de últimos romances. Até o meu último, não foi o último, porque veio o romance da saudade, de pensar no que ela está fazendo, tentar entender por que ela se foi. E tem os romances que a gente não sabe de onde vêm, como aqueles que a gente quer apenas gostar pouquinho e gosta poucão, ou vice-versa. Ah, romances que sempre são romances. Enfim, a gente sempre tá vivendo romances, mesmo que não sejam tão românticos assim....

Um comentário:

Carol disse...

O maior romance de todos é a vida. E ponto. Beijos.