sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Álvares de Azevedo

Pétala adormecida em minha cama,
flor que exala seu perfume,
não chora,
a vida é assim.
Ser mais frágil,
com seus seios ágeis
a me provocar sorrisos e lágrimas.
Pétala de rosa que ressona
em meu travesseiro,
que me faz olhar ao longe o dia inteiro,
não descubra o fim.
Ser mais lindo que o amor,
ainda com suas carnes na flor da idade,
me faça por amor ou por caridade,
que nunca cesse, por favor,
essa minha felicidade.
Rosa que desabrochou,
tristeza que se foi,
não permitas que o escuro venha logo,
porque é desse mundo que tenho medo.
Mulher que enfeita meu dia,
rima de minha poesia,
não chores não,
que choro tantas lágrimas quanto há chão.
Vem, cá,
que nenhum deus me perdoará,
quando souber,
que magoei a mulher que mais feliz me fará.

Um comentário:

Flavia disse...

Que poema lindo!
Vou roubá-lo!