quarta-feira, 25 de julho de 2007
Silvos
Meu avô assobiava alto toda vez que chegava na frente aqui de casa. Antes, tocava a campainha. Depois, gritava o nome do meu pai, ou um oi. Então, abríamos a porta pra ele e pra minha avó. Após, entravam e sentavam. Minha mãe corria pra trazer um prato com salgadinhos pra eles. Sempre chegavam muito antes do que estava estipulado pro início da festa, ou do churrasco. A gente fazis sala para eles. Sempre puxava assunto sobre o Grêmio. Na verdade, sou gremista desse jeito graças a ele. Sempre discutíamos política, entre outras coisas. Ele sempre me bagunçava: " tu é "intiligenti", mas tem que melhorar tua dicção", "tu tinha que ser que nem eu, nunca precisei de psicólogas". Sabe, quase um mês se passou, ainda não acredito que ele morreu. A idéia de que nunca mais vou conversar com ele é foda. Vou ter que me acostumar, mas ainda tá muito complicado...
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Um comentário:
Quem disse que tu não vai mais conversar com ele? Beijos.
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