Santa Maria, livrai-nos do mal, Parte 2, final(?)

Bom, não tou muito inspirado pra contar minha viagem de ontem pra Holly Mary. Vamos ver se ao longo do post, vou me pilhando. Então, sentou um senhor cego do meu lado na ida. Sabe, é muito interessante quando alguém que leva uma vida oposta a tua tem contato contigo. Assim, o Seu Roque ficou cego quando tinha 5 anos por causa do sarampo. A sua visão ainda não era nula até que operaram-no. Casado com uma cega, também, mora em Santa Maria. O ponto alto foram as piadas que ele contava. Uma delas, quando perguntam se quer comer uma torta, ele responde:"Poxa, tu és meu amigo, hein? Já como uma cega a semana toda, e agora tu queres que eu coma uma torta...". Bom, muito legal ele. A tecnologia ajudou significativamente os cegos. Graças a um programa de computador eles podem "ler" livros através de mp3. Muito bacana. Me deu o telefone e se eu for morar lá, é pra procurá-lo. Bom, depois passeei pelo centro da cidade. Bem mais ou menos. A melhor coisa de lá são as mulheres. Muito bonitas. Chega a chamar a atenção até das portoalegrenses, que comentaram. Então, fomos pra dinâmica. Na dinâmica não dá pra saber muito o que rolou. O troço é muito subjetivo. Vamos ver... Então, na volta, eu com meu discman, porque, sim, sou antigo e ultrapassado, ouvi meus cds. Na verdade, na ida, já tinha. Tentei escutar os discos que eu evitava porque me lembravam a ex. Bom, na primeira parte, foi o Drexler e o Kravitz, mais identificados com ela não pode ser. E passei no teste. Pensei numa história, um conto, mas ele é mais como forma de exorcismo do que saudade. Na volta, comecei com um Beatles. Putz, sabe quando falam do Pelé e dos outros. pois é, com eles é assim. A música moderna se divide em antes e depois dos besouros de Liverpool. Across the universe me concedeu a primeira epifania. Tá vou explicar o que é epifania, porque não sou desses grossos e arrogantes que mandam os outros procurarem no google ou em outros lugares, com a voz a wikipédia: no sentido literário, a "epifania" é um momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou incidente que "ilumina" a vida da personagem. Depois, Belle and Sebastian, com sua Mary Jo, maravilhosa. Nisso, a lua estava alaranjada, linda!!! Então, sambei a beleza de ser eclético, meti-lhe um tango. La Balada por un loco de Piazzola, aquela que falava que foram os loucos que inventaram o amor. Finalizando com um Fito. Isso tudo sem ninguém ao lado, lendo o livro que havia abandonado porque lia-o quando soube da morte de mi abuelo e mastigando umas bonos. Então, chego em Poa e quando passava pelo aterro, desculpa Simone, o Inter leva um gol. Santa Maria anda me dando sorte. Voltei feliz de lá. Pronto, Carol, taí a egotrip. Entendeu o que é?